A minha primeira crónica da semana foi sobre os últimos dias de Pompeia… digo, os mais recentes desenvolvimentos da campanha presidencial nos EUA.
“E é isso que torna tão hipócrita a debandada dos republicanos que criaram o solo fértil de reacionarismo no qual Trump pegou de estaca. Ouviram Trump dizer que os mexicanos eram violadores, que os negros americanos viviam pior do que no tempo da escravatura, que a Arábia Saudita deveria ter armas nucleares, que deveria haver “uma forma de castigo” para as mulheres que fizessem abortos. E aplaudiram ou ficaram calados, enquanto esperavam que Trump os levasse a uma maioria no Congresso e a dominar o Supremo Tribunal por mais trinta anos. Só quando ele deixou de ser uma boia e passou a ser um peso é que deram umas braçadas para não se afundarem com ele.
E foi assim que, nas primeiras 36 horas após a revelação do vídeo, Donald Trump só teve um político a defendê-lo: Nigel Farage, esse mesmo. O cavaleiro do Brexit confirmou a uma televisão que “Trump não está a concorrer para papa” e que também ele e os seus companheiros do UKIP se gabam entre si do mesmo tipo de comportamentos. Percebe-se então porque há uns tempos se esforçaram tanto para alarmar a população contra os refugiados que alegadamente poderiam apalpar mulheres nas cidades ocidentais. Pelos vistos, não queriam imigrantes a fazer o trabalho que ainda consideram vergonhosamente deles.”
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