A minha crónica de hoje chama-se “Se não quer irritar-se, não leia” (e não digam que não foram avisados). As crónicas agora farão uma pausa para férias e voltarão daqui 15 dias.
“Aquilo por que ninguém esperava era política. Se a UE é irreformável, não há política. Se a Alemanha ganha sempre, não há política. Se há uma “Bruxelas” homogénea à espera de nos lixar, não há política. Se já estamos derrotados à partida, não vale a pena lutar. Mais vale abandonar o jogo. Qual? Um de dois: o jogo da governação à esquerda, ou o jogo do projeto europeu. Diz a narrativa.
Mas felizmente há política. E quando há política, às vezes ganhamos e às vezes perdemos, como os alemães e os outros. Talvez a explicação mais simples seja a verdadeira: Bruxelas não é homogénea e nós não somos vítimas. Às vezes até somos culpados da maneira como Bruxelas é.”