Há umas décadas havia o grito revolucionário por “um, dois, três, muitos vietnames”. O mero bom senso nos diz que devemos evitar agora uma, duas ou três novas Sírias.
Para a nossa galeria de analogias históricas assustadoras só faltava agora um cheirinho a Guerra da Crimeia — um dos piores conflitos da história europeia, no sentido lato, e que terminou com um período de relativa estabilidade após Napoleão e até ao meio do século XIX. A Crimeia, hoje em território ucraniano mas habitada principalmente por russos, que aí têm umabase militar, está de novo nas notícias porque os seus habitantes se recusam a reconhecer o fim do governo ucraniano pró-russo de Yanukovitch.
Seguem-se as habituais reservas: as comparações históricas não podem ser levadas a sério, as épocas são diferentes (e as potências também: a Guerra da Crimeia envolveu os otomanos, os franceses, e mais ainda) e cada caso é um caso. Mas o facto é que qualquer coisa se quebrou na razoabilidade, mesmo que uma razoabilidade desconfiada, com que as potências da nossa parte do mundo encaravam as suas relações. Passámos de uma fase de alguma acomodação entre ambições, envolvendo sempre alguma flexibilidade, para outra de rigidez. E quando os grande poderes entram numa fase de antes quebrar do que torcer, bem, enfim, as coisas quebram.
Um primeiro sinal foi dado na Síria. Viu-se que Assad não iria abandonar o poder e que a Rússia não iria abandonar Assad. Na prática, como demonstrou o negócio feito com os EUA e a UE para destruir as armas químicas, não é impossível chegar a acordo entre as partes. Um acordo global, mesmo que limitado, teria evitado uma guerra tão prolongada e tão mortífera. Se esse acordo fosse a prioridade absoluta das várias potências, ele teria sido atingido. Mas a paz acima de tudo deixou de ser a prioridade absoluta.
Daí passamos para a Ucrânia. Nos últimos dias tenho tido oportunidade de falar com russos e ucranianos. A todos pergunto o mesmo: digam-me que uma guerra civil é impossível, digam-me que o país não se vai partir ao meio. Não só ninguém me diz que isso seja impossível, como ninguém me diz que o receio seja exagerado. Aquilo de que os ucranianos menos precisam, sejam eles pró-ocidentais ou pró-russos, é de que o seu país seja transformado numa nova Síria. Mas para isso é preciso que seja prioridade absoluta dos seus poderosos vizinhos evitá-lo.
Mais uma vez, não é difícil imaginar as peças gerais de um acordo. A Ucrânia deve ser uma democracia razoavelmente descentralizada, em que os seus cidadãos possam falar a sua língua materna e ter uma boa dose de poder local. A Ucrânia pode ser um país rico, com laços comerciais e de boa vizinhança, tanto com a União Europeia, como com a Rússia. Se alguns imaginam que terão a ganhar com uma Ucrânia pobre e dependente, muito mais terão a ganhar com uma Ucrânia estável e emergente.
Os próprios ucranianos não têm — não tinham — de ser forçados a uma escolha de “ou a Europa ou a Rússia”. O papel da Ucrânia será naturalmente entre a Europa e a Rússia. É essencial que esse papel seja reconhecido e que a exigência cívica e democrática de uma maioria dos cidadãos seja reconhecida, ao mesmo tempo que as tendências intransigentes e violentas de qualquer parte sejam confrontadas e limitadas.
Há umas décadas havia o grito revolucionário por “um, dois, três, muitos vietnames”. O mero bom senso nos diz que devemos evitar agora uma, duas ou três novas Sírias.
7 thoughts to “Já basta uma tragédia”
quando se traçam fronteiras que excluem cidadãos dos seus direitos de igualdade legal e económica temos vários ulsters e não vários vietnames
o vietname tal como o irak ou o afeganistão nada têm a ver com a síria ou a crimeia
têm mais a ver com a líbia e com o mali e a república centro africana
a síria é uma somália sem etíopes ao pé
a crimeia é o kosovo russo e os ucranianos são os sérvios
uma guerra na ucrânia pressupõe igualdade de forças
que é cousa que nã existe
uma super-potência económica e logo militar fez xeque à rainha da Nato…ou à ratinha agente nã pecebe de xadrezes
a crimeia foi um xeque da entente cordiale franco-britânica ao expansionismo russo
acho que foi nessa altura que os britons ganharam chipre
e florence nightingale
nã enganei-me chipre só passou depois da guerra de 75,,,,por falare nisso quando é que reunificam chipre
antes ou depois da ucrânia?
É triste e assustador ver como o homem ainda ‘evoluiu’ tão pouco…!
Ainda permanecem mts marcas (in)visíveis e trágicas no (nosso) mundo, desde a Coreia do Norte ou as + educadas e aceites (cheias de ‘ouro’), como Angola (e já por todo o mundo, insidiosa e firmemente), à mostra o ‘velho (-íssimo) mundo e poder’…!
Como as feridas e patologias históricas e psíquicas do séc. XX (que, como lembra Eduardo Lourenço, nos devia ensinar a humildade) ainda não estão nem reconhecidas, nem saradas (Putin é disto um bom exemplo).
O século XX foi, verdadeiramente (embora pudesse ser recordado como o dos sonhos, ideais, descobertas e conquistas a mts e bons níveis…tb), um século(des)governado por ‘liders’ mundiais, mais q doentes, dementes, caindo na ‘sopa espiritual’ do sentimento de inferioridade-superioridade, pessoal e nacional, de poder(-io!) bélico e outros, dor buscando vingança e expondo o ‘mais baixo e recalcado do seu povo’ (por ex., Hitler), mesmo ‘o + civilizado’…! [lembrar q ‘até o inofensivo’ Nixon era adicto a anfetaminas! Pois é…!]
Se estas coisas e o perigo irresponsável e leviano em q governantes de milhões se afirmam ‘pelos azeites’, físicos e ‘espirituais’, e brincam às guerras ainda, se isto, afinal, acontece, tem de se ver o problema TB POR DENTRO, sem deixar de ser ‘enérgica’, mas compreendendo todas as questões (e misturam-se mts, é certo, imensos conflitos de interesses, territoriais, identitários, económico-políticos e ‘de ascendência’…!!! helas).
Tudo isto a partir das 2 esclarecedoras crónicas de Rui Tavares no Píblico, esta e a de hoje, 3.03.14, ”O traumatismo ucraniano”.
bolas e o século XIX ensinava o quê desumanidade?
uh mil dade é dadaísmo?
e o século III ensina o quê a celsus que num é celsius?
u traumatismus u.cranianus anda uh há bué de tempo
tempus fujita ó oximori
dilluns, 3 març de 2014
BOLETIM SOBRE A SITUAÇÃO NA EUROPA E EM PORTUGAL A 10 DE MARÇO DO ANO DA GRAÇA DE NOSSO SENHOR JESU CHRISTO DE 1810
dilluns, 3 març de 2014 daqui a 7 dias faz 214 anos de relvas nas juntas que em ajustes nos juntam
REAL JUNTA DE COMÉRCIO A 10 DE MARÇO DE 1810 E PARA AUMENTAR OS PROVENTOS -DEPUTADO DA JUNTA DAS LIQUIDAÇÕES DA EXTINTA COMPANHIA DO PARÁ E MARANHÃO E DIRECTOR DA REAL FÁBRICA DE SEDAS E OBRAS DAS ÁGUAS LIVRES
A RÚSSIA JÁ ERA TERRÍVEL ANTES DA REVOLUÇÃO, ERA CONSIDERADA UMA SE NÃO A MAIOR DAS POTÊNCIAS ASIÁTICAS AS SUAS ÚLTIMAS AQUISIÇÕES NA
MOLDÁVIA FINLÂNDIA E MARGEM ESQUERDA DO PRUTH, NÃO PODENDO SER
FLANQUEADA PORQUE SE ENCOSTA AO BÁLTICO E AOS GELOS POLARES…
NÃO TEM SENÃO ADIANTAR-SE E ESMAGA A EUROPA COM O SEU PESO
A ENTRADA DOS FRANCESES EM PORTUGAL FEZ RENASCER OS SEBASTIANISTAS
NA RUA DAS TAIPAS MURALHA DE SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA
UM OVO DE GALINHA COM AS INICIAIS DSRP
DOM SEBASTIÃO REY DE PORTUGAL
SUCEDEM-SE OS MILAGRES UM DELES TEVE A HONRA DE RECEBER DENTRO DE UMA PESCADA UMA CARTA D’EL REY DOM SEBASTIÃO
É DESTA ILHA QUE DEVE SAHIR DOM SEBASTIÃO
PARA IR COM GRANDE EXÉRCITO COMBATER NAPOLEÃO
A ILHA FICA ADONDE? SÓ A PESCADA O SABE
Etiquetes de comentaris: PORTUCALE 214 ANOS DEPOIS CONTINUA CHEIO DE TANSOS E PALERMAS E OBVIAMENTE ADMITO-O DE RELVAS
Publicat per Para a crimeia e en força
Etiquetes de comentaris: NAPOLEÃO FLANQUEIA A RÚSSIA NÃO
curioso é o uso maçónico do evoluiu
evolução é adaptação não é um juizo moral aos dentes do tiranus rex
o homem evoluiu e bastante é por isso que há tártaros na crimeia
persistiram não se extinguiram
o canibalismo é bóptimo em termos evolutivos
tubarão faz isse há quase 400 milhões de anos e inda faz sopa chinesa
UM BLOGUE COM VERDADES QUE PARECEM MENTIRAS E MEN IN TIRAS QUE PARECEM DE VERDADE
Monday, March 3, 2014
EVOLUIR É ADAPTAR-SE AO AMBIENTE OU EXTINGUIR-SE TENTANDO – EVOLUIR NÃO TEM PADRÕES MORAIS NEM IMORAIS APENAS PADRÕES FENÉTICOS E GENÉTICOS – DARWIN MANTEGAZZA CORRESPONDÊNCIA NÃO ADMITE PERFEIÇÃO NA DEMÊNCIA EM EVOLUÇÃO
Lo studio dei fenomeni umani, che ho impreso a trattare in questo libro, mi dice che l’uomo avrà sempre feste ed ebbrezze. La natura ancor poco esplorata e più di essa la chimica daranno ai nostri figliuoli mille nuovi alimenti nervosi che vellicheranno loro i nervi e il cervello nei modi i più svariati; e l’igiene li andrà piegando ai bisogni delle razze, delle età, delle costituzioni diverse. Il loro uso alterno e sapiente sarà una pagina delle più feconde dell’arte della vita, e la gioia sarà compagna della salute e della forza. Man mano che l’uomo si innalza e più esso getta via della zavorra del vizio e del pregiudizio, due fratelli quasi inseparabili; e mentre gli si allarga dinanzi agli occhi innamorati l’orizzonte della scienza, egli trova sempre gioie maggiori e più morali. L’ebbrezza, che non è vizio, che non è cinismo, che non è abitudine, è gioia che vivifica e dà nerbo alle molle della vita; e l’estetica degli alimenti nervosi andrà crescendo indefinita e instancabile, finché il nostro pianeta avrà pianta d’uomo che lo calpesti
CAPITOLO XXIII.
Il tabacco e la sua storia. – Il sigaro, la pipa e la cicca. – La glorie e le vergogne della nicoziana. – I calunniatori e gli adulatori. – Fisiologia, igiene, economia sociale.
Se un abitante alato di qualche mondo remoto pigliasse il gusto di attraversare lo spazio infinito e con una carta astronomica aleggiasse intorno al nostro sistema planetario, riconoscerebbe subito la terra dall’odore di tabacco ch’essa esala, dacchè tutti i popoli conosciuti fumano la nicoziana; e mille e mille uomini ridotti ad accontentarsi di un solo alimento nervoso, lascerebbero il vino e il caffè, l’oppio e l’acquavite per tenersi la preziosa foglia narcotica. Prima di Colombo non si fumava che in America; ed ora, dopo pochi secoli, nell’estrema China e nel Giappone, nelle Isole dell’Oceania come in Lapponia e in Siberia si innalza dalla capanna del selvaggio e dal palazzo del principe, insieme al fumo del focolare dove l’uomo cuoce il suo pane e riscalda il suo cuore, un altro fumo odoroso ch’egli respira per calmare il dolore o per cancellare la noja. In molti paesi i fumatori furono nei primi tempi dell’introduzione [280] del tabacco condannati a pene infamanti e crudeli, ebbero mozzi il naso e le labbra e, trascinati col volto dipinto di nero sopra un asino, dovettero attraversare la città fra i lazzi dei monelli a gli insulti delle moltitudini; ma oggi fuma il boja e prima dell’agonia fuma anche il condannato a morte; fuma il re nel cocchio dorato e fuma l’assassino, che nella via lo attende per gettargli fra i piedi una bomba omicida. L’umana famiglia, spende ogni anno 2670 milioni in tabacco, che non è cibo, che non è bevanda, e senza di cui pur seppe vivere sì lunga serie di secoli.
Nelle sconfitte che ebbe a soffrire l’esercito di Lavalle nelle guerre civili della Repubblica Argentina, i poveri fuggiaschi patirono tali privazioni, che più orribili non si potrebbero immaginare. Il tabacco a poco a poco fu consumato, e gli Argentini fumavane foglie secche. Uno più fortunato degli altri continuava ad usare con molta economia della sua provvisione più lauta; ebbene un suo commilitone pregò a lasciargli appressare la bocca alla sua pipa onde aspirare di seconda mano quel fumo adorato, pagando questo fumo al prezzo di due scudi. Ma che più? Nel 1843 scoppiò in Francia una rivoluzione fra i detenuti delle prigioni d’Epinal, stati privi per qualche tempo di tabacco, e il grido di guerra era:
Il tabacco, o la morte! 1
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1 MANTEGAZZA. L’arte e la scienza della salute. Annali Universali di medicina. Dic. 1859.
[281] Il tabacco per eccellenza, il tabacco padre di tutti i sigari del mondo è la Nicotiana tabacum: ma i botanici, secondo Bibra, descrivono quaranta specie almeno di nicoziana e almeno quattro sono coltivate e ben conosciute, cioè la Nicotiana tabacum, la N. macrophylla, la N. rustica e la N. quadrivalvis. La prima specie è rappresentata dal tabacco di Virginia con tutte le sue varietà; la seconda dal tabacco del Maryland, che è coltivato sopra grande scala anche in Ungheria e in Grecia. La terza specie è forse originaria del Brasile e della Guiana, e ora lo trovate in Siria, in China, nel Tibet, in Germania. La N. quadrivalvis si coltiva e si fuma nell’Alto Missouri.
Benchè il tabacco sia pianta tropicale, pure ha saputo piegarsi con mirabile accondiscendenza alle esigenze dei climi più disparati, e benchè prosperi meglio fra il 15° e il 35° di lat., in ambedue gli emisferi; ure giunge fino ai 50°, abbracciando quindi la maggior parte del mondo abitato. E infatti voi trovate piantagioni di tabacco negli Stati Uniti, nel Canadà, nel Nuovo Braunschweig, nel Messico, nel Brasile, a Cuba, a Trinidad, in tutte le Antille e in tutta l’America meridionale; trovate tabacco in Egitto, in Algeri, nelle Isole Canarie e lungo tutta la costa occidentale dell’Africa fino al Capo di Buona Speranza; e lo avete in Turchia, in Persia, in India, nel Tibet, nel Giappone, nella China, nelle Isole Filippine, a Giava, a Ceylan, e lo trovate in Austra1ia e nelle isole sparse nell’Oceano Pacifico. Questa indefinita acclimazione del tabacco fu una delle cause più potenti della sua diffusione, a cui si ag[282]giunse il gusto eguale che provano per esso tutte le razze del mondo, le più civili como le più barbare, le razze antropofaghe come le razze che fondano società per la protezione degli animali. Un popolo bevitore di birra diventa difficilmente un consumatore di vino, e al caffè non si può sempre sostituire il tè, all’oppio la coca, e l’haschisch al betel; ma il tabacco piace a tutti e con inaudita e sùbita famigliarità si associa al caffè, all’acquavite, alla noce di areca, all’amanita, a tutta la plelade degli alimenti nervosi.
Tabako è parola dell’antica lingua di Hayti e significa la pipa, e non già la pianta che era invece chiamata cohiba. Son false le etimologie che voglion derivare il nome volgare della nicoziana da Tobago una delle Isole Caraibe, o da Tabacco, provincia del Yucatan nella Nuova Spagna.
Nel Messico il tabacco era chiamato yetl, e nel Perù sayri, due parole che significano erba, l’erba per eccellenza. Nell’America settentrionale gli Algonchini lo dicevano sema, gli Uroni oyngoua; nell’America meridionale gli Omagua lo chiamavano petema, i Maypuri jema; i Chiquitos pais; i Vilela tusup; i Tamanac cavai; e i Guarani petun e su questo nome trasportato anche in Francia, ho discorso lungamente nei miei viaggi nel Paraguay.1 I Macusis e gli Arecuras lo chiamavano rawai, gli Arawakks, yaari; i Warraus akä; gli Accawais tamai; gli Atorais schama e i Caribi tamoh.
Colombo fu il primo che nel 1492 vide nell’isola
1 MANTEGAZZA. Rio de la Plata e Tenerife. Ed. 2a.
[283] di Guanahani, indigeni che fumavano dei sigari fatti di tabacco ravvolto in una foglia di maiz. Il monaco domenicano Bartolomeo de las Casas trovava lo stesso uso in Haiti nel 1502. Oveido ci racconta che in Hispaniola gli Indiani fumavano il tabacco, aspirando il fumo del tabacco bruciato con carboni accesi in una pipa fatta come la lettera Y, e di cui introducevano nelle narici i due rami divergenti. L’eremita Romano Pane lasciato a Hispaniola da Colombo nel 1496, è il primo che abbia raccolto preziose notizie sull’uso del tabacco e ne abbia fatto parte al mondo antico; ma l’onore dell’introduzione della pianta in Europa si deve al maturalista Gonzalo Hernandez de Avideo y Baldes, che ne portò i primi semi in Spagna dal Messico nel 1559, e, come Humboldt vuol meglio precisare, dalla provincia messicana del Yucatan. Circa la stessa epoca un uomo oscuro, certo Flamingo, introduceva il tabacco nel Portogallo.
Gli Spagnuoli trovarono fin dal 1519 assai diffuso l’uso del tabacco nel Messico, dove si fumava con altre erbe e resine odorose in canne dipinte ed intagliate, ed anche in pipe d’argilla, che furono poi trovate nelle tombe dei più antichi Aztechi. I Messicani masticavano anche il tabacco, unendovi un po’ di calce, e lo annasavano. Gli indigeni della Florida usavano il tabacco come un rimedio, come si può scorgere da una lettera di Giovanni di Verazzano a Francesco I° di Francia; e così pure gli Indiani della Virginia, come ci racconta Thomas Harriot, il maestro dell’ardito marinajo Walther Raleigh.
[284] Gli Spagnuoli trovarono l’uso del fumar tabacco anche pressio tutti gli Indiani dell’America centrale, ma invece non si fumava nel Chilì, nel Perù, nella Bolivia, in tutte le potenti nazioni che ubbidivano allo scettro degli Incas.
Sappiamo queste notizie per merito del cappellano di Cortez, Francisco Lopez de Gomara1 e dal francescano Bernardino de Sahagun.2 Bernal Dias ci dice che Montezuma fumava sempre dopo il pranzo e mandava fuori il fumo, parte dalla bocca e parte dal naso.
Nelle tombe non si trovò mai una pipa nè altro strumento che servisse a fumare; mentre invece nel Perù si tirava tabacco. Anche nel Rio de la Plata non si fumava. Nel Brasi1e invece si fumava anche prima dell’arrivo dei Portoghesi, come è chiaramente dimostrato dal monaco carmelitano Andrea Thévet, che visitò il Brasile verso la metà del secolo XVI e anche dal calvinista ginevrino Giovanni di Lery, che pubblicò il suo viaggio nel Brasile a Parigi nel l580.3 È singolare che Thévet volle chiamare il tabacco dal nome della sua patria, Angoulême; herbe angouslemoisine.
1 TIEDEMANN. Geschichte des Tabaks und anderer ähnlicher Genussmittel. Frankfurt, 1854.
2 Historia general de las cosas de Nueva Hispaña que en doce libros y dos volumenes escribe el R.P. Bernardino de Sahagun, data a luz con notas y suplementos por Carlos Maria Bustamente. Mexico, 1830.
3 A. THÉVET. Histoire générale des Indes occidentales et terres neuves, Paris 1584. – I. LERY. Voyage en la terre du Bresil, autrerment dite Amérique. Rochelle, Paris, 1581.
[285] Le pipe di pace erano fumate in solenni occasioni, e al fumo del tabacco si associavano presso molte tribù indigene dell’America settentrionale, idee religiose e diverse forme di culto. molti Indiani dell’America del Nord bruciavano il tabaco come una offerta che si elevava verso il Creatore.1 Così pure verso i Guarani, quando i soldati stavano schierati e pronti alla guerra, i loro condottieri soffiavano verso di essi il fumo del tabacco, sclamando: Prendetevi lo spirito della forza, onde possiate vincere i vostri nemici.
Nella metà del secolo XVI anche Benzoni parla dell’uso del tabacco nelle Indie occidentali, e dice che il suo fumo ha un odore fetido e diabolico.
Gli indigeni del fiume Ganabra, là dove ora si trova Rio de Janeiro, fumavano sigari grossi come le candele, e i Francesi che visitarono quel paese con Villegagnon vollero imitare quelli Indiani, e furono presi da capogiri e da nausee.
Il capitano francese Giacomo Cartier trovò nel 1535 che gli Indiani del San Lorenzo nel Canada fumavano il tabacco nella pipa, e nel 1608 Champlain trovò l’uso del tabacco diffuso anche fra gli Algonchini, i Montagnez, gli Huroni e gli Irochesi. Il calumet, o la pipa della pace, fu forse trovata per la prima volta presso queste diverse tribù d’Indiani dal governatore del Canadà, Montmagny, nel 1645. Era per lo più una pipa di pietra rossa con una lunga canna artificiosamente ornata di penne.
Quando nel 1668 il capitano inglese Gillam vi-
1 CARLIER. Histoire du peuple américain. Vol. I, pag. 43.
[286]sitò la Baja di Hudson e quella di James, trovò ovunque l’uso della nicoziana e sul principio del 700 Charlevoix vide la pipa di pace anche fra gli Indiani dei fiumi Boirbon e Santa Teresa. Anche gli Indiani del Forte Nelson a 57° lat. nord, fumavano in solenni occasioni la pipa di pace, come ce lo racconta Bacqueville de la Potherie; ed è certo che il tabacco di cui si servivano, doveva venire da paesi posti più al sud.1
Abbiam già veduto chi portasse i primi semi di tabacco nella Spagna e nel Portogallo, or conviene tener dietro alle altre vie di diffusione per cui la pianta da americana divenne mondiale.
Un nobile ritornato nel 1560 dall’America nel Portogallo, fece dono di alcuni semi di tabacco a Giovanni Nicot, allora ambasciatore di Francia alla Corte di Lisbona. Nicot lo seminò nel suo giardino e colle piante fece cure mediche che riuscirono felicemente. Passò la nuova pianta di giardino in giardino; ebbe il battesimo di erba dell’ambasciatore e poi di nicoziana, battesimo che i botanici consacrarono poi per sempre al nome di Giovanni Nicot. L’ambasciatore mandò piante e semi a Caterina de Medici e il popolo di Parigi chiamò allora per lungo tempo il tabacco coi nomi di erba della Regina, erba di Caterina, o erba medicea. La storia di queste trasformazioni di nomi fu scolpita da mano maestra in un epigramma del poeta inglese Buchaman:
Doctus ab Hesperiis rediens Nicotius oris
Nicotianam retulit.
1 BIBRA. Die narkotische Genussmittel des Menschen. Pag. 309 e 313.
[287]
Nempe salutiferam cunctis languoribus herbam
Prodesse cupidus patriae.
At Medice Catharina luesque suorum
Medea seculi sui.
Ambitione ardens, Medicae nomine plantam
Nicotianam adulterat;
Utque bonus civis prius exuit, exuere herbae
Honore vult Nicotium.
At vos auxilium membris qui quaeritis aegris,
Abominandi nominis.
A planta cohibete manus, os claudite, et aures
A peste tetra occludite.
Nectar enim virus fiet, Panacea venenum
Medicea si vocabitur.
In Italia il tabacco fu coltivato per la prima wolta da Cosimo de’ Medici morto nel 1574. Fu il vescovo Alfonso Tornabuoni, che gli diede i semi avuti dal suo nipote Nicolò Tornabuoni, ambasciatore a Parigi. Nel 1589 anche il cardinale Santa Croce, nunzio nel Portogallo, ritornando in Italia, porto i semi di tabacco. Cesalpino chiamò il tabacco herba tornabona, mentre il medico romano Castor Durante gli diede il nome di Sancta Crucis herba, il primo in onore di Tornabuoni, il secondo in onore del cardinale di Santa Croce.
In Germania il tabacco fu conosciuto nel 1565, quando il medico di Augusto Adolfo, Occo, ricevette non si sa da chi, piante e foglie di tabacco. Non conoscendo che cosa fosse mandò il tabacco al medico Giovanni Funk e questi alla sua volta, ignorante come il primo, si appellò a Zurigo alle profonde cognizioni di Corrado Gessner, il quale finalmente riconobbe che si trattava del tabacco.
[288] Tre uomini illustri si contendono l’onore di avere introdotto il tabacco in Inghilterra, cioè sir Francis Drake che l’avrebbe portato nel 1560, sir John Hawkins che lo introdusse nel 1565; mintre Walter Raleigh non l’avrebbe fatto conoscere che nel 1584, nello stesso anno in cui fu emanato il primo editto contro di esso. Humboldt dà a Raleigh l’onore di aver diffuso l’uso del tabacco fra le nazioni del nord d’Europa, ma non conviene dimenticare che quando Raleigh portò il tabacco dalla Virginia in Europa, il Portogallo aveva già intiere campagne seminate a nicoziana.
E’ a notarsi che la coltivazione del tabacco fu introdotta in Europa 120 e forse 140 anni prima di quello della patata.
Camden racconta che Richard Fletcher, vescovo di Londra che morì nel 1596, col tabacco si confortava dei dolori di un infelice matrimonio. Secondo Aubrey, si faceva passare la pipa da una mano all’altra, pigliandosi ognuno la sua fumata, come si soleva fare da molti Indigeni dell’America settentrionale. Jouvin, un francese che visitò l’Inghilterra ai tempi di Carlo II, ci dice che fumavano uomini e donne.
L’uso del tabacco dall’Inghilterra passò in Olanda, per mezzo degli studenti inglesi, che frequntavano la celebre università di Leida: per cui la nazione che sta alla testa dei fumatori in Europa apprese il vizio dall’Inghilterra. Quasi alla stessa epoca il tabacco entrava in Germania e in Svezia, così come alla fine del secolo XVII era introdotto in Lapponia. In Russia entrò col commercio inglese alla fine del [289] secolo XVI. Proibito severamente da Michele Jedorowitsch trovò maggiore indulgenza in Pietro il Grande.
Lo storico turco Naima Raufstulebrar dice che il primo tabacco fu conosciuto a Costantinopoli nel 1605, e vi giunse coi marinai inglesi, che lo fumavano. Nove anni dopo tutta la Turchia fumava forse più d’ogni altro popolo al mondo, probabilmente perchè vi eran stabilite le pene più severe contro l’uso del tabacco. Infatti sul principio si accontentò il Governo turco di forare le narici del fumatore, di piantarvi una pipa attraverso quel foro e di farlo passeggiar sopra un asino per le vie di Costantinopoli; ma più tardi il sultano Murad IV punì colla morte il fumatore; e spesso al mattino si trovavano per le vie i cadaveri di quelli che di notte erano stati acchiappati in atto di fumare. Il sultano Ibrahim continuò queste persecuzioni, ma Mohamed IV diede piena assoluzione ai fumatori, forse perch’egli stesso era amante del tabacco.
Fra i Maomettani è popolare una bellissima leggenda sull’origine del tabacco. Maometto viaggiava nel deserto in un dì d’inverno, quando s’incontrò con una vipera gelata sul suolo. Mosso a compassione, la prese e la mise nella sua manica, dove essa ritornò in vita. Appena quel rettile ingrato si sentì vivo, cacciò fuori il suo capo, dicendo:
– Profeta, io ti voglio mordere.
– Dammi una buona ragione di questo tuo pensiero, ed io sarò contento.
– Il tuo popolo uccide sempre il mio popolo, vi è guerra fra la vostra razza e la mia.
[290] – Il tuo popolo morde il mio popolo, la bilancia dei nostri parenti è ora fra te e me, ed è in mio favore, perchè io vi ho fatto del bene.
– E perchè non mi faccia del male, io ti morderò.
– Non essere ingrata.
– Io lo voglio, l’ho giurato per il Sommo Iddio e lo voglio.
– A quel nome il Profeta non si oppose più alla vipera, ma le disse di morderlo nel nome di Dio. Il serpente piantò i suoi denti nella sacra mano di Maometto, e il Profeta addolorato gettò via la vipera, senza però farle del male, nè permise che i presenti l’uccidessero, ma applicando le sue labbra alla ferita e succhiandone il veleno, lo sputò a terra. Da quelle gocce nacque l’erba miracolosa, che ha l’amarezza dei denti del serpenti, mitigata dalla dolce saliva del Profeta.1
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Il tabacco giunse a Giava nel 1601. Secondo El-Is-hàkee l’uso del fumare tabacco vi fu introdotto verso il 1601-1603; e secondo gli scrittori persiani di materia medica fu conosciuto in India nel 1605 sul finire del Regno di Jeladeen Akbar Padshaw. Probabilmente dalla penisola indiana il tabacco passò nella penisola Malese e nella China, come la pensano Cooke, Tiedemann il più illustre storico del tabacco, Reich e Bibra; ma Pallas, Loureiro e Rumphius credono invece che il tabacco fosse conosciuto in China prima della scoperta d’America e che il tabacco chinese sia pianta indigena del Celeste Impero.
1 WALPOLE F. The Ansayrii and the Assassins.
[291] Le ragioni principali sulle quali si appoggiano Bibra e gli altri per sostenere la loro opinione son queste. Nessun scrittore antico chinese parla del tabacco. I chinesi non hanno per questa pianta alcun nome proprio, ma lo dicono gen, che vuol dire fumo. Nella ricca raccolta di vasi chinesi che si trova a Dresda non si vede disegnato alcun fumatore in quelli fatti prima del 1700; mentre dopo quell’epoca compaiono sui vasi fumo e fumatori. Del resto ancbe prima del 1700, i Chinesi avevano tabacco, e l’ambasciatore russo Ides vide piantagioni di nicoziana sulle frontiere del Celeste Impero. Non è ben noto però per qual via il tabacco si sia introdotto in China, se colle navi portoghesi o olandesi, o se colle carovane dei Tartari Usbekki provenienti dalla Persia.
Nel Giappone il tabacco fu forse introdotto prima che in China, dacchè Montanus ve lo trovò pienamente acclimato nel 1611, introdotto forse dai Portoghesi. Lo chiaman tabaco.
I Calmucchi, i Samojedi, i popoli della Siberia e altre stirpe mongoliche dell’Asia settentrionale fumano e tirano tabacco. Erman ha veduto gli Ostiaki mescolare il tabacco da naso con ranno forte di ceneri; empirsene ben bene le due narici e chiuderle colle fibre raschiate della corteccia di salice.
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Tutte le tribù africane della Costa occidentale fumano con passione e, con tutta probabilità appresero dagli Europei l’uso del tabacco. E’ certo che fino dal 1637 in quei paesi si fumava, [292] così come è noto che nel 1595 gli Ottentotti appresero a fumare dai marinaj olandeei, diventando poi uno dei più strenui fra i popoli fumatori. In Kolbe leggete che la madre toglie al bambino il capezzolo per piantare in quelle tenere labbra una pipa accesa.
Si fuma anche sulla Costa occidentale dell’Africa, benchè l’origine dell’uso sia ignota. Così il tabacco si mastica e si fuma nella Nubia, a Dongob, nel Sanaar, nei paesi del Sudan, ecc. Io ho veduto fumare con vera passione i Negri di tutte le stirpi in molti paesi dell’America meridionale e nelle Isole del Capo Verde, dove anche le donne più gentili e più giovani tenevano fra i denti tutto il giorno una pipa.
L’Australia è l’ultimo paese in cui fu introdotto il tabacco, e Cook nei suoi viaggi non trovò isola alcuna in cui si fumasse la nicoziana. Ora invece l’Oceania non solo fuma, ma semina ed esporta tabacco.
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Nei primi tempi dell’introduzione del tabacco, non se ne conosceva che una sola qualità o, per dir meglio, si confondevano tutte in una sola, chiamandola col nome collettivo di tabacco americano, ma già nel 1667 troviamo che un viaggiatore francese Jean Baptiste du Testu parla di quattro varietà del tabacco americano, cioè del petum o gran tabacco verde, del tabacco lingua, del tabacco dell’Amazzone, e del tabacco Varinas. Oggi abbiamo infinite qualità di tabacco, diverse di profumo e di valore secondo le specie di nicoziana che forni[293]sce, secondo il clima, il terreno, il metodo di preparazione delle foglie, ecc. Avviene per il tabacco lo stesso come per il vino e come per gli ingegni umani, che infinite influenze, sommandosi e incrociandosi in mille modi, producono mille varietà che il buongustajo o l’osservatore sanno benissimo distinguere ed apprezzare. Basti il dire che in Grecia il tabacco concimato colle caccole di pecora e di capra ha un gusto ripugnante e mordace, mentre i campi coltivati colla meta delle vacche danno una nicoziana aggradevole e mite: lo sterco del porco invece le conferisce un gusto di anice. Con tanti elementi di varietà non è strano che si abbiano sigari da un centesimo e da tre lire, e che quindi gli estremi della voluttà fumatoria e del valor del tabacco possano essere rappresentai dal rapporto di 1:300.
I tabacchi possono dividersi nei tre grandi regni degli americani, degli europei e degli asiatici.
Gli americani si possono distinguere nei sudamericani, in quelli indooccidentali e nei nordamericani.
Tabacchi sudamericani. – Varinas o Canastro, di Varinas, Venezuela e Merida – Orenoco – Cumana – Brasile (a Bahia si imitano assai bene i sigari d’Avana) – Paraguay.1
Tabacchi indo-occidentali. – Cuba -Avana – San Domingo – Portorico.
Tabacchi nordamericani. – Virginia – Kentucky – Maryland – Ohio.
1 MANTEGAZZA. Rio de la Plata e Tenerife.
[294] I tabacchi asiatici possono dividersi in orientali e occidentali.
Tabacchi asiatici orientali – Ceylan – Guzurate.
Tabacchi asiatici occidentali, migliori dei precedenti. Si distinguonosopra gli altri il Latakkia della Siria e il Shiraz della Persia.
I tabacchi europei son tanti quanti sono i paesi, dove può coltivarsi la nicoziana; e ne abbiam quindi di tedeschi, di ungheresi, di inglesi, portoghesi, spagnuoli, francesi, russi, turchi, olandesi, belgi, italiani (siciliani, sardi), danesi, svedesi, norvegiani, svizzeri.
Il tabacco per esser fumato è messo afermentare, e l’ammoniaca che si svolge durante questo processo si combina cogli acidi organici ai quali è associatà la nicotina, la quale viene così messa in libertà. Non è qui il luogo di entrare in particolari tecnici, ma basti sapere che i fabbricatori di sigari e di tabacco da fumo e da naso posseggono salse diverse e metodi svariati per conciare la nicoziana, i quali sono per lo più segreti che sono custoditi gelosamente. I sigari si fabbricano con due o tre varietà di tabacco; e, come è naturale, il migliore sta al di fuori e serve di soprabito al peggiore che sta nascosto il più profondamente possibile nelle viscere del sigaro. Eccovi l’analisi di alcuni sigari:
Copertina: Kentuky, Maryland, Domingo – Viscere: Virginia.
Copertina: Maryland – Viscere: Luisiana.
Copertina: Avana – Viscere: Canastro fino.
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[295] Cooke ha calcolato che, dividendo il numero degli abitanti del globo per il tabacco consumato, si avrebbe il consumo annuo di 70 oncie per uomo. Se ne brucerebbero dunque due milioni di tonnellate l’anno. La distribuzione approssimativa secondo lo stesso autore fatta già da parecchi anni e quindi colla carta geografica dell’Europa d’allora sarebbe questa.
Consumo annuo del tabacco per ogni maschio oltre i 18 anni di età.
Austria 108 oncie; Zollverein 156 oncie; Steuerverein con Hannover ed Oldenburg 200; Francia 88; Russia 4O; Portogallo 56; Spagna 76; Sardegna 44; Toscana 40; Stati del Papa 82; Inghilterra 66; Olanda 132; Belgio 144; Danimarca 129; Svezia 70; Norvegia 99; Stati Uniti 122; New South Wailes più di 400.
Nel territorio del Zollverein secondo Kolb nel 1860 si coltivarono 71,735 morgen prussiani a tabacco, quantità molto inferire a quella degli anni precedenti. Nel 1861 questa cifra discese a 55,885, nel 1865 a 92,035 morgen.
In Francia nel 1861 si coltivarono a tabacco 1500 ettari. In Austria erano dedicati a questa coltura nel 1860 42,750 ettari, dei quali 36000 nella sola Ungheria.
Dieterici calcolò il consumo dal tabacco
[296] In Italia nel 1862 il consumo del tabacco sarebbe stato di 19,898,044 Zollpfund – 0,91 libbre per abitante; in Spagna (media di tre anni dal 58 al 60) 14,733,696 libbre – 0,98 libbre per abitante; in Russia nel 1865 22,4 mill. libbre – 0,29 libbra per abitante.
Il tabacco in Italia si coltiva, per l’eccezione fatta colla legge sulle privative, nelle provincie di Ancona, Benevento, Terra di Lavoro, Principato Citeriore, Terra d’Otranto, Umbria, Vicenza e Sardegna. Durante il 1867 vennero nel Regno effettivamente coltivati a tabacco 3,806 ettari con 46,129,565 piante, mentre la concessione riguardava 3,711 ettari-a 57,124,699 piante.
Ecco quale è stata la coltura e il prodotto dei tabacchi indigeni dal 1804 in poi:
La maggiore quantità di tabacco però che si lavora nelle nostre manifatture ci giunge dall’estero: nel 1806 abbiamo importato, specialmente dall’America 93,856 q. m. dl foglie di tabacco, pel valore di oltre 13 milioni di lire.2
1 MAESTRI. L’Italia Economica del 1868.
2 Le colture della provincia di Vicenza che comprendevano 428 ettari e 13 629 mila piante coltivate, e da cui si ebbe un prodotto di 4,702 q. m. di foglie, pel valore di 272,000 lire, non erano naturalmente incluse nelle cifre degli anni antecedenti.
[297] Nel 1869 furono venduti per conto della Regia cointeressata 14,966,632 chilog. di tabacco di varie qualità e pel prezzo complessivo di 98,750,600 lire.
La parte di concorso in questa rendita dei magazzini delle singole regioni può vedersi nel quadro seguente:
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Il tabacco fu studiato chimicament da molti, cioè da Vauquelin, da Trommsdorff, da Buchner, da Posselt e da Reimann, da Hertwig, da Schlösing, da Casaseca, da Vogel, da Stark e da altri. Zeise e Unverdorben si occuparono dell’analisi del fumo. La nicotina fu conosciuta da Vauquelin, ma Posselt e Reimann furono i primi che la ottennero allo stato di purezza, e di questo potente alcaloide si occuparono anche Henry e Boutron-Charlard, Ortigosa, Barruel, Barral, Melsens ed altri.
È celebre fra tutte l’analisi accuratissima della foglia fresca di tabacco fatta da Possel e Reimann. Essi vi trovarono in 10,000 parti:
[298]
Nicotina ……………………………………………………………… 6,0
Nicozianina …………………………………………………………. 1,0
Materia estrattiva con traccia di nicotina e sali …….287,0
Gomma con malato di calce e sali ………………………… 74,0
Resina verde ……………………………………………………….26,7
Albumina con traccie di sali calcari ………………………. 26,0
Sostanze glutinose con amido, cera e sali calcari …. 104,8
Acido malico con traccie di materia estrattiva ……….. 51,0
Malato di ammoniaca ………………………………………….. 12,0
Solfato di potassa ………………………………………………… 4,8
Cloruro di potassio ……………………………………………….. 6,3
Malato e nitrato di potassa ……………………………………. 9,5
Fosfato di calce …………………………………………………… 16,6
Malato di calce ……………………………………………………. 24,2
Silice ……………………………………………………………………. 8,8
Legnoso con traccie di fosfato di calce …………………. 496,9
Ossido di ferro …………………………………………………. traccie
Acqua ……………………………………………………………… 8828,0
Schlösing ha confrontato diversi tabacchi per rapporto alla quanità di nicotina che essi contengono.
Tabacchi francesi Nicotina
Lot ……………………………… 7,69 p. % di tabacco secco
Lot-Garonne ………………… 7, 34 ”
Nord ……………………………. 6,58 ”
Ille Vilaine …………………….. 6,29 ”
Pas de Calais ………………… 4,49 ”
Elsasz ………………………….. 3,21 ”
[299]
Tabacchi americani Nicotina
Virginia ……………………….. 6,87 p. % di tabacco secco
Kentucky …………………….. 6,09 ”
Maryland …………………….. 2,29 ”
Avana …………………………. 2,00
Mantegazza P., 1858, Sulle virtù igieniche e medicinali della coca e sugli alimenti nervosi in generale, Annali Universali di Medicina, 167: 449-519 (ripubblicato nel 1997 dalla Società per lo Studio degli Stati di Coscienza, RoveretO
Mantegazza P., 1859, Sull’introduzione in Europa della coca, nuovo alimento nervoso, Annali di Chimica Applicati alla Medicina, 29 (3°s.) :18-21.
Mantegazza P., 1859, Lettere mediche. Lettera VIII, sul mate, Gazzetta Medica Italo-Lombarda, 4(4°s.) :85-92.
Mantegazza P., 1865, Del guaranà, nuovo alimento nervoso, Annali di Chimica Applicati alla Medicina, 40(3°s.) : 8-13.
Pasini Walter, 1999, Paolo Mantegazza ovvero l’elogio dell’eclettismo, Panozzo, Rimini.
Samorini G., 1995, Paolo Mantegazza (1831-1910): pioniere italiano degli studi sulle droghe, Eleusis. Bollettino d’Informazione SISSC, n. 2, pp. 14-20.
Samorini G., 1996, L’erba di Carlo Erba. Per una storia della canapa indiana in Italia, 1845-1948, Nautilus, Torino.
Alcuni testi di Mantegazza
1854, Fisiologia del piacere, G. Bernardoni, Milano (ristampato nel 1913 da Madella Edizioni, Sesto San Giovanni e nel 1992 da Edizioni Studio Tesi, Pordenone).
1856, Il bene e il male – libro per tutti, Bernardoni, Milano.
1863, Sull’America meridionale. Lettere mediche, G. Chiusi, Milano.
1867, Rio de la Plata e Tenerife, Brigola, Milano.
1867, Elementi d’igiene, Brigola, Milano.
1868, Un giorno a Madera, Rechiedei, Milano (ristampato nel 1991 da ECIG Edizioni, Genova).
1869, Le glorie e le gioie del lavoro, Maisner, Torino.
1871, Quadri della natura umana. Feste ed ebbrezze, 2 voll., Brigola, Milano (pubblicato integralmente nel sito http://www.paolomantegazza.it).
1873, Fisiologia dell’amore, Bernardoni, Milano (ristampato nel 1925 da Barion Edizioni, Milano).
1876, Il dio ignoto, Brigola, Milano.
1877, Studi antropologici ed etnografici sulla Nuova Guinea, Brigola, Milano.
1878, Igiene dei climi, Brigola, Milano.
1878, La mia tavolozza, Zanichelli, Bologna.
1880, Fisiologia del dolore, Paggio, Firenze.
1881, Fisionomia e mimica, Dumolard, Milano.
1881, Igiene del lavoro, Brigola, Milano.
1884, L’arte di campar vecchi, Dumolard, Milano.
1884, India, Treves, Milano.
1886, Gli amori degli uomini, Milano (ristampato nel 1934 Bemporad e Figlio Edizioni, Firenze).
1886, Studi sulla etnologia dell’India, Società Italiana d’Antropologia, Firenze.
1886, L’arte di esser felici, Barbèra, Firenze.
1886, La mia mamma, Barbèra, Firenze.
1887, Le estasi umane, Treves, Milano (ristampato nel 1943 da Marzocco Edizioni, Firenze).
1887, Il secolo nevrosico, Barbèra, Firenze.
1887, Testa, Treves, Milano (ristampato nel 1993 da Colonnese Edizioni, Napoli).
1888, Il secolo tartufo, Treves, Milano.
1889, Il medico di casa, Dumolard, Milano.
1889, Fisiologia dell’odio, Treves, Milano.
1890, Le leggende dei fiori, Dumolard, Milano.
1893, Fisiologia della donna, Treves, Milano.
1893, Elogio della vecchiaia, Treves, Milano (ristampato nel 1993 da Franco Muzzio Editore, Padova).
1894, L’arte di prendere moglie, Treves, Milano.
1897, L’anno 3000 – Sogno, Treves, Milano.
1897, Il vangelo della salute, Treves, Milano.
1908, Bibbia della speranza, Sten, Torino.
Posted by São Canhões? Sabem mesmo a manteiga…
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