“O ano de 1941 foi o último em que Hitler esteve a ganhar a guerra; 1942 foi o primeiro em que a guerra esteve perdida para a Alemanha nazi. Essa viragem fez com que “solução final” deixasse de ser um eufemismo e passasse a ser, no tempo que restasse de guerra, um objetivo com método e consequências concretas: deportação para campos de extermínio em vez de campos de concentração; execução a tiro em vez de trabalhos forçados e morte por fome; em breve, gaseamento de milhões deseres humanos. A decisão final sobre a “solução final” terá sido tomada entre o Natal de 1941 e o final de janeiro de 1942. Houve milhões de mortos antes dela; houve milhões de mortos depois. Mas algo mudou entre 1941 e 1942: todos os pretextos territoriais, ideológicos e geopolíticos com que os nazis justificavam a guerra revelaram o seu total vazio e em lugar deles ficou apenas o impulso genocida.”
A crónica de hoje no Público, sobre a solução final, as terras sangrentas da Europa (a partir do livro de Timothy Snyder com o mesmo título) e uma ordem para o extermínio dos combatentes antifascistas da Bielorússia dada por Hitler num dia como hoje, 18 de agosto de 1942. Foi há setenta e cinco anos. Parece que foi ontem.