A minha crónica de hoje no Público sobre a Turquia, Hungria, Polónia e a UE.
“Isto não pode sequer ser um dilema. Se quiser sobreviver, a UE tem de pôr a sua primeiríssima prioridade, como mandam os tratados, no respeito pela dignidade humana, pelos direitos humanos e pelo estado de direito. Os governos da Hungria e da Polónia têm de receber a mensagem clara, enviada por todas as três instituições europeias — Parlamento, Comissão e Conselho — de que todas as suas relações dentro da UE passarão a ser pautadas pela resposta satisfatória às questões de direitos fundamentais. Desde uma candidatura a receber uma agência europeia até à celeridade na avaliação de um processo, há todos os dias dezenas de interações entre um estado-membro e a UE. Ora, um governo não pode esperar outra coisa senão que as suas pretensões quotidianas só possam ser avaliadas quando já não subsistirem dúvidas sobre a sua adesão aos valores do estado de direito — sem a qual, aliás, não teria sequer entrado na UE.”