A minha primeira crónica da semana é sobre a participação dos partidos portugueses no congresso do MPLA.
“Por incrível que pareça, todos aqueles partidos, do comunista ao democrata-cristão, do que defende o socialismo democrático ao que favorece as políticas de austeridade estão a tentar convencer-nos de uma coisa impossível: que todos eles têm afinidade ideológica com o MPLA. Isso só poderia querer dizer que o MPLA não tem ideologia — o que é capaz de ser bem verdade.
Ou teremos então de passar a uma segunda hipótese: estes partidos portugueses estão a dizer-nos que se revêem nos métodos do MPLA. Como entre esses métodos estão a opacidade no poder, a confusão entre o público e o privado, o desrespeito pela separação de poderes, o branqueamento da corrupção — esta hipótese não é nada menos do que assustadora.”
3 thoughts to “Falemos do MPLA”
Pois é Rui; há mesmo “razões” que a razão desconhece, ou talvez não.
Mt bem! Helas.
E qtª saudade tinha das farpas de Eduardo Prado Coelho a César das Neves…
,reactualizada na penúltima crónica de R.T. no jornal ‘Público’.
Nem teria eu ficado informada da últimas barbaridades, tão perentoriamente absolutas, de tal excelso personagem.
O problema,Professor Rui, são os milhares de portugueses residentes -e não residentes- em Angola. Uma posição hostil contra, seria, a curto prazo, não direi uma tragédia, mas quase. Eu passei lá por momentos bastante difíceis, devido às posições, então, dos Gov. de Lisboa…
Por vezes, “engolir” um sapo, tem as suas vantagens. E não será isso motivo de alteração do pensamento político dos Partidos em causa.
Todavia, concordo com o seu ponto de vista.
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