A minha crónica de ontem no Público.
“A mentira funciona, pelo menos no curto prazo. A campanha no referendo britânico foi ganha pelos brexiteers com um número falso (“damos 350 milhões de libras por semana à UE…”) que antecedia uma promessa que nunca tiveram intenção de cumprir (“…vamos antes financiar o Sistema Nacional de Saúde”). Depois da vitória estar no papo, que lhes interessou a desonra?
Não adianta alegar que sempre houve mentira e desonestidade em política. A novidade não está na mentira, está no preço que deixou de se pagar quando ela é descoberta. Onde antes carreiras eram destruídas, basta agora um encolher de ombros e esperar que chegue outro assunto. Esta cultura, iniciada ou pelo menos legitimada pela grande mentira que foi a Guerra do Iraque, foi inevitavelmente aproveitada por aqueles a que se chama “populistas”. Se os políticos “sérios” usufruem, por que não eles também?”
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