A minha crónica de hoje no público, sobre o assassinato da deputada trabalhista britânica Jo Cox.
“Jo Cox foi assassinada então porque, para o seu assassino, ela seria uma traidora à pátria. E não é difícil perceber que a sua “traição” estaria nas causas que ela defendia: a implementação de políticas sociais de compensação da imigração em vez de um simples fechar de fronteiras; o acolhimento das crianças refugiadas de guerra; e, crucialmente, a permanência do Reino Unido na União Europeia.
As razões de um fanático a esse fanático pertencem. Mas do ambiente em que ele se move somos todos responsáveis, por ação e por omissão. A esse fenómeno que não é novo mas cada vez mais prevalente, se lhe fôssemos a atribuir um nome, deveríamos chamar “cosmofobia”: a aversão àquilo que é cosmopolita ou a quem defende o cosmopolitismo político, ou seja, a cidadania global e a democracia também para lá das fronteiras nacionais. Jo Cox era britânica; não foi assassinada por ser imigrante mas por defender os imigrantes. Jo Cox era deputada de Westminster; presumivelmente, não foi assassinada por ser uma “tecnocrata de Bruxelas” mas por defender que o Reino Unido deveria permanecer na UE.”
Leia a crónica completa em Cosmofobia
One thought to “Cosmofobia”
como é possível responsabilizar partidos de esquerda por isto?
quanta demagogia.
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