Aqueles jovens estavam ali por ideias que partilhavam — as da esquerda, e em particular as do socialismo, do trabalhismo e da social-democracia de estirpe escandinava. Vale a pena, um ano após a morte deles, lembrar que ideias são essas.
Passou ontem um ano sobre o massacre de jovens na ilha norueguesa de Utøya. Falou-se muito sobre os motivos do assassino, sobre se este era louco ou um terrorista, ou ambas as coisas, e quais eram as raízes da sua ideologia.
Falou-se pouco sobre quais eram as crenças e os ideias daqueles que morreram. Uma grande injustiça, também isto. Os jovens que ali estavam não deixaram “compêndios” de milhares de páginas com as suas elucubrações, nem pegaram em armas para deixar dezenas de cadáveres que lhes servissem de propaganda. Mas o horror perante a ideologia do assassino não pode deixar as vítimas condenadas ao silêncio, como meros sujeitos passivos.
Aqueles jovens estavam ali por ideias que partilhavam — as da esquerda, e em particular as do socialismo, do trabalhismo e da social-democracia de estirpe escandinava. Vale a pena, um ano após a morte deles, lembrar que ideias são essas.
A social-democracia escandinava é justamente conhecida por ter criado as mais civilizadas e desenvolvidas sociedades do mundo. Com tudo o que os conceitos de civilização e desenvolvimento possam ter de subjetivo, esta é uma realidade tão documentada que já não pode ser tida por simples opinião. Todos estes países estão nos lugares cimeiros do Índice de Desenvolvimento Humano da ONU. A Noruega, em particular, está há anos no primeiro lugar deste índice. É o país mais desenvolvido do mundo.
É também um dos países mais igualitários do mundo. Todos os países escandinavos têm coeficientes de Gini (que medem a desigualdade na distribuição de rendimentos) muito baixos, o que significa que são os países menos desiguais, e a Noruega entre eles. Os ricos, na Noruega, vivem muito bem. Os pobres vivem muito bem também. A diferença entre os rendimentos dos dez por cento mais pobres e os dez por cento mais ricos é de apenas seis vezes.
Mas estes são também dos países mais libertários do mundo. Já há mais de vinte anos, num colóquio internacional sobre Tecnologia e Liberdade organizado em Lisboa pelo ISCTE, um grupo de sociólogos e cientistas políticos tentou posicionar uma série de países em dois eixos, um socio-económico (igualdade versus desigualdade) e o outro político (liberdade versus autoridade). A conclusão era surpreendente: a Noruega era o único país que, no gráfico, estava mais próximo da anarquia — uma ordem sem coerção — que da tirania. Que isto tenha sido feito com recurso a uma reorganização do estado, em vez de pela abolição do estado, faz parte do génio da social-democracia.
Isto, contudo, são só realizações. Por impressionantes que sejam, é importante não esquecer que elas estão engastadas, como uma jóia, numa estrutura de ideias, de princípios, de sentimentos e de uma cultura partilhada.
Destaco três dessas ideias.
A primeira é a de que não pode haver privilégio de classe ou casta, nem económica nem política. A sociedade não fica órfã nem desorientada se lhe faltarem os ricos e os poderosos. Pelo contrário — e aí chega a segunda ideia — são os cidadãos comuns que devem encontrar os meios da sua libertação, tanto no sentido negativo (liberdade de coerção, do medo, da fome) como positivo (liberdade de auto-realização, de independência, de cada um encontrar o seu caminho). A terceira ideia é a que levou aqueles jovens a Utøya: a de que para a esquerda não há fronteiras de nações, de raças ou religiões para a realização destes ideais.
Estas são as ideias. Perante elas, o assassino é impotente.
16 thoughts to “Utøpya”
Utøpya o tomas more esse sado-masoch do caraças não adevia gostar do plágio é mais uma Dystøpya….
é uma IdeologgiA que só é suportada num pays de baixa densidade populacional e enormes recursos e com muitos colonatos para exportar bacalhaus e petróleo…ou nokias e pasta de papiro para a burrokracia sovietiká…ou canhões bofors montados em volvos para as guerras civis dos sipaios…
Funcionou durante 50 anos num mundo sub-desenvolvido..
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já num mundo com 7 mil milhões e com más colheitas de milho para tortillas nos statele unite…
acho que nã é exportável para 70 millione de mexicali
mas o grande xocoatl canhoto lá sabe….
vamos já já sacrificar 69 virgens à vossa Distøpya
ó grande tomas more…da sinistra
esqueci-me das sociais-demokracias nórdicas que exportavam legos
e tiravam bauxite e criolite aos seus servos esquimós
a green land há-de ser vossa outra vez
ó Mao Tzé Qué Tzá E Tal Dos Sin coat…Fein…
vamos já já sacrificar 666 virgens à vossa Distøpya
deve é demorar uns aninhos para as irmos ajuntando tende paciência
a Distøpya tá mesmo Ali ou hassan à Eskina
a Distøpya tá mesmo Ali ou hassan à Eskina na Assíria
ou na babel ona
Distortion of the distøpya sucia all demo und kratos qué pouvoir comme la simone de beau voir with respect to the prototype U topos qué grego mas aparentement num apareceu na grécia
devido à topo graphia particular da demos (tienes?)
causes the sub-demokratus associal to split.
We can analyze the splitting of the associal democracies in several county’s presque nations…não depende de um estado de espírito
e de uma organização social exemplar
depende mesmo de carcanhol
aquilo que se come con as bejecas num prate…
type in order to determine the distortion character for the substructure.
Em 1789 bastaram dois anos de más colheitas para os cidadãos comuns começarem a esfrangalhar de fome os camponeses ricos….
Les Chouans esses fascistas cathólicos que nã gostavam de dar o pão aos cidadãos esclarecidos
Esses kulaks milionários que se deixavam matar por meio moio de centeio
Felizmente a greenland está a ficar green cada dia que passa
Os Vikings Soci ais demokrauts inda vão comer as esquimós e passar os esquimaus a fio de espada outra vez…
mas só quando o pitroil do mar do norte acabar
até lá vão matando afegãos para irem treinando…
os galgos afegãos correm muito…
é uma sucia all experiment
galgos afegãos famintos correm mai depressa que as balas?
a sucia all demo kraut cia agradece
Bonito elogio das sociedades sociais democratas. Gostei muito.
Há que ir lançando as sementes pelo caminho. Já falta pouco.
Nu no alvo, um cidadão de uma sauna nörsk ou de uma saga (eu rico ver ris simius um presbythero sin cartheia) sucia all sem ricos que fabriquem dinamite e amatol, ou que não tenham uma independência hidroenergética tão grande quinté (kunta kinté) “fabricavam” água pesada nos anos 30 (ou seja separavam os Deuterium2O cum isótopos mais pesadinhos daquilo que incendeia Hindenburgueres
Pode nascer nessas sociedades uma sucia all demos krauts
porque in 1596 os altos impostos suecos sobre os servos finlandeses vieram levar ao de cima mais uma revolta campesina daqueles lados
foi a perda da guerra do norte com os russos que aboliu o absolutismo sueco e lançou as bases de um estado mais democrata
e com os camponeses finlandeses isentos de impostos durante uma geração no início do XVIIIº
logo pegar numa mistela de povos nórdicos e fino-hungáricos ou seja hunos disfarçados de papai nöel e fazer nascer uma social democracia que foi muito desenvolvida graças ao isolamento das comunidades e ao desenvolvimento de assembleias locais que se formaram consciência cívica e de entre-ajuda nas populações campesinas que afluiram em massa às cidades no início do XXº
foi uma singularidade histérica que dificilmente se pode reproduzir noutros povos de bareback round tvo havoken…
mas a cada fé seus messias….social democracia na grécia precisa-se
vai é ter de ser a pão e azeitonas…
Geological Survey of Denmark and Greenland (DK).Sondre Stromfjord, SW Greenland. … Det Norske Veritas (N). Mineral and Energy Economy Research Institute (PL). Det Norske Veritas (N). Statoil (N). Shell International …
o N quer dizer social democracia em Norsk
claro que os inuit não falam norsk mas deviam ter aprendido o Haagen dáz ou dás amerikano-falsoDansk ~resumindo SD escreve-se só com D e N
o S vem da Shell
Major world deposits include Rossing (Namibia), Ilimaussaq (Greenland) Utopia…com Uranium…
dá SDemokratia com SSS’s grandes ou diz-se $$$’$
Era uma vez uma terra ou nação, jangada de pedra feita por pedreiros livres, pais da tal nação-jangada ou zangada tanto faz, que transportavam taxistas ou servos da gleba para pagarem as taxas por eles.
Nessa terra ou jangada de pedra, as gentes extra-ordinárias eram santas sem mácula pois tinham talhado a pedra da nação feita de pedra e de gentinha de pedra feita, tendo feito tudo, era natural que estes deuses da estatuária nazionalle, não gostassem que lhes dessem apupos ou lhes chamassem ladrões, ou que pisavam pedaços de pano feitos por gentes pubicanas e laicas que se diziam melões ou cualquer cousa parecida.
E quem dizia nessa pedra mágica feita nação, que eles eram gente normal que se limpava à traparia verde e vermelha e a usava como lenço nos jogos de futebol ou para não sujar o cu ou outras partes, obviamente tinha de ser processada e feita em pastéis par LES CHIENS.
pUés gente extra-ordinária que constrói jangadas de pedra em terras de gente bruta, nada dada à construção navaal e pouco agradecidos aos pedreiros que talham na pedra viva jangadas, oviamente adeveria ser metida no canil ou desnazificada.
Pois só gente anti-democrata chama nomes aos seus amos.
As boas gentes não são chacais arménios
São bons cães de água puto fregueses
A obediência às normas é muito bonita
Novecentos anos a aprender a rolar e não ladrar quando o dono tem visitas, dá sempre boas raças de cães.
Quase todos vacinados e com as taxas em dia…
Quando baixamos o nivel excessivameente, temos comportamentos animalescos!!!!!!!!!!!!
Em todos os quadrantes!!!
Talvez a solução seja todos e cada um, em tudo, elevarmos o nivel…..
aqui só dá para baixar…
isto vae sempre descendo
como disse um capanga dum cândido candidato nums escadaria numa tal de aula magna nos idos de 80…querem ir a seguir é?
respeitinho é muito bonito
ou como se dizia no jargão do velho estado novo
Vocemecê nã sabe quem eu sou….
Ou como os bufos da PIDE diziam…sabes o que eu tenho aqui no bolso?
e o pessoal sabia
gente extra-ordinária não anda de navalha como cigano ou cabo verdeano sem jeito para vender coca às gentes extra-ordinárias
gente extra-ordinária até tem nomes extra-ordinários e com letras a mais
e as letras nunca são descontadas nem pagas
gente extra-ordinária é outra cousa
e felizmente para nós taxistas que pagam taxas raramente nos abandonam
exceto quando vão a paris fazer compras
Deus me livre elevar o nível ao nível daas pessoas extra-ordinárias
Agente é ralé mais rasteira cas relvas
agente é cuase subterrânea
levantare a cabeça nã cagente é bruta ma nã é parva
Uma social democracia não se constrói num país em que dezenas de milhares de funcionários, retiram 1200 milhões de euros de certificados de aforro do estado que lhes paga e os vão transferir para obrigações de empresas chinesas que desprezam ou de bancos que querem nacionalizar.
Os poucos que perdem continuamente em juros e em con fiança para abastecerem um estado mação ou nação com uns 12 mil milhões em títulos estatais meros 8% da poupança nazionalle radicada em putocale e não da massa malsã expatriada em cruzes e cruzeiros da nova zeland y afins
não são suficientes para erguerem uma catedral de social democraciA
Faltam-lhes mestres de obras com massas para as argamassas
Mais simplex que iste só a Tiro quera fenícia…
donderdag 26 juli 2012
NA CORDA BAMBA DA JANGADA DE PIEDRA LASCADA E NUNCA POLIDA DE TITEL PLASTEEN FEITA POR EXTRA-ORDINÁRIAS GENTES POR AJUSTE DI RECTUM NEM OS RATOS ABANDONAM A JANGADA NEM ELA VAI AO FUNDO UNS DIZEM SER MILAGRE OUTROS DIZEM SER AZAR…MAS NO FUNDO NO FUNDO NÃO CONSEGUIMOS AFUNDAR MAIS ..E SE CALHAR ESTE TÚNEL QUE ESCAVAMOS SEMPRE PARA BAIXO OU DEIXA DE SE CHAMAR TÚNEL POR CORTE DE LUZ OU CHEGAMOS À CHINA SOCIAL DEMOKRATA
Ga naar de volgend gent ou gant tante fax ô fox
Fui militante comunista durante muitos anos porque não via em Portugal ninguém que me inspirasse tanta confiança na vontade de mudar o Mundo e quem demonstrasse coragem física para tal como eu encontrava nos comunistas portugueses.
E conheci no Partido gente muito boa e amiga.
Mas o projecto comunista quando discutido fora das paredes partidárias esbarrava sempre na dificuldade da sua eventual realização porque a imensa maioria dos meus interlucotores não admitiam de modo algum essa possibilidade.
Havia e continua a existir em todo o lado um anticomunismo feroz.
A URSS serviu sempre como espelho dessas dúvidas e antagonismos.
E eu devo confessar, perante tantos argumentos olhava esses exemplos com muita desconfiança.
Eu pugno por encontrar um modelo que seja aceitável para a imensa maioria dos cidadãos, cidadãos como eu, normais, sem grandes ambições, com a única intenção de ser capaz de levar uma vida organizada, fraterna, segura, estável, tranquila.
Mas quando lançava a carta dos Países Nórdicos as coisas caíam na discussão para um lado para mim ainda mais inexplicável, o da Utopia.
A Dinamarca, a Suécia ou a Noruega eram exemplos que não resultavam, eram modelos considerados utópicos para quase todos os meus amigos ou adversários de discussão…
O modelo que vivemos hoje é algo que não merece nenhuma confiança política porque é extremamente incerto e inseguro para todos.
Só quem tem mesmo muito dinheiro pode dormir mais tranquilo.
Não compreendo esta incapacidade de pensar um Mundo e um modelo de organização social que seja razoavelmente consensual.
A refundação da Democracia
Rui Tavares, no Público, por norma escreve com frontalidade, o que muitos, também políticos dificilmente o conseguem fazer. Na sua crónica quarta, sobre o título acima referido, com muita acuidade fala sobre a nossa democracia, a interna, a portuguesa, e os partidos.
Claro que tem toda a razão, e convenhamos que o que temos hoje, cá, não é mau, é péssimo, lastimoso. Sendo que para termos uma verdadeira democracia e não estarmos a passos rápidos de um qualquer sistema muito pior do que este, muito tem que passar a ser diferente, a começar e a acabar nos Partidos Políticos, todos, todos, até os que talvez para disfarçar, se intitulam de Movimentos.
Fazendo referência ao “coração do problema: o Parlamento e os Partidos”, refere Rui Tavares duas reportagens, uma da SIC e outra da Visão, e: “O Parlamento tem mais de metade dos deputados que parecem dedicar mais do seu tempo e esforço aos seus negócios do que aos negócios da nação; grande parte destes são advogados que não declaram os seus clientes por sigilo profissional (que se sobrepõe assim aos interesses gerais da Republica em ter legislação de transparência e integridade). E tampouco há muita legislação a sair daquelas cabecinhas: Relvas esteve seis anos sem dizer uma palavra no plenário da Assembleia, e um ano em que foi consultor de dezasseis empresas, e…muita da nossa legislação é feita pelos escritórios de advogados, e às vezes desfeita também (pois estes conhecem a lei e os buracos da lei) e por fim fatalmente refeita.
“Para além dos partidos imporem disciplina de voto, e se os deputados não obedecerem, na próxima legislatura estão de fora.”
Ou seja, a Democracia neste País, como já é de todos sabido está doente e gravemente. Os interesses em defesa do País e da População são tudo, menos importantes. Em primeiro, em segundo e em terceiro lugar há que defender os Partidos, os seus chefes, os seus seguidores, os seus clientes. Isto também é nos é dito – tem anos – por Medina Carreira, que não é politico, e que não precisa dos políticos para nada.
Este é o estado de podridão quase absoluta da nossa democracia, e se não houver uma viragem de 180º, não vamos lá. Ainda para mais que a opinião pública, que só não a publicada, e esta também, tem – temos – péssima impressão da classe política, o que é percetível em tudo não só nos cometários lidos e ouvidos, como na forma como quase nos afastamos de quem é profissional da política.
Já chegará de podridão organizada e de tantos conhecida, em proveito de uns poucos, sempre os mesmos, que entre si rodam e voltam a rodar.
Ou mudam os Partidos, o Parlamento, mas essencialmente as atitudes de todos e de cada um, ou não vale continuarmos distraidamente a queixarmo-nos do descalabro a que chegamos, porque assim não vamos “dele” sair. O problema está detetado, provado e comprovado, mas claro que todos os instalados no Parlamento, nas mordomias politicas e cargos inerentes, não vão resolver algo que os possa excluir, que os exclui, dado que lá se vai o seu – deles – Poder, o seu deles, Dinheiro.
Não será necessário tudo partir, mas algo de muito diferente tem que acontecer, e talvez tenhamos que ver 180 deputados diferentes, que nunca lá tenham andado, que não sejam familiares dos que por lá andam ou andaram, não sejam amigos, e também que não se tenham formado nas juventudes partidárias, tudo diferente, tudo com mérito, capacidade e competência! E depressa! Será a única forma de isto ir começando a recuperar! E o mesmo em Autarquias, e em tudo de cargo políticos e públicos!
Augusto Küttner de Magalhães
Agosto de 2012