Bernardo Pires de Lima diz que os europeus adoram Obama mas não é certo que Obama adore os europeus. E daí? Uma resposta possível seria o que aqui diz Ivan Nunes:

O que se tem notado menos é que esta simpatia dos europeus por Obama, este encantamento, esta mania, revela muita vontade de gostar da América. Porque Obama, seja lá aquilo que venha a ser, é americano – como indivíduo, como personalidade, como imagem, como história de vida. Não é nem podia ser europeu. Se é amor, não é narcisista.
Ora, é muita vontade de gostar da América, depois de anos maus. Mas aqueles mesmos que andaram a distribuir acusações de antiamericanismo («primário», sempre «primário») são os que agora fustigam a credulidade da esquerda e o seu entusiasmo em relação a Obama.

Ou seja: afinal os europeus eram muito mais anti-Bush (ou, em alguns casos, “anti-imperalistas”) do que anti-americanos. Foi o que a esquerda andou a dizer desde, pelo menos, a Guerra do Iraque. Tínhamos razão. Quando há razões para gostar da América, os europeus rendem-se. Eu acho normal.

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