A esquerda e o centro-esquerda estão mais próximos agora do que alguma vez estiveram nas últimas décadas.
Já estou habituado a nunca ter lido nada do prémio Nobel da literatura quando ele é anunciado. Invulgar é ter lido neste Verão o último livro do nobel da Economia.
The conscience of a liberal, de Paul Krugman (em português uma tradução seria “Uma consciência de esquerda”) é um ensaio sobre história política e as suas consequências económicas e sociais. A certa altura do seu livro, Krugman convida-nos a levar a sério algumas das políticas que F.D. Roosevelt seguiu para fazer face à Grande Depressão: “enormes aumentos de impostos sobre os ricos, apoio a uma vasta expansão do poder dos sindicatos e um período de controlo dos salários para diminuir as diferenças entre extremos”, entre outras. Não duvido que para um leitor de direita esta seja uma visão do inferno. Para Krugman, aquelas medidas “igualitárias” foram as grandes responsáveis por uma sociedade preparada para crescer e dar conforto a milhões de pessoas nos anos 50 e 60.
O reverso da história é também conhecido. Em final dos anos 60, por razões que têm principalmente a ver com a história dos conflitos raciais nos EUA, os republicanos tomaram os bastiões brancos do Sul e passaram a dominar a política americana. Este domínio consolidou-se partir dos anos 80 com Reagan (e Thatcher na Europa) e com o tempo contaminou até o próprio centro-esquerda (a Terceira Via de Clinton e Blair foi a aceitação tácita deste predomínio, com algumas medidas periféricas de suavização). As consequências são as que temos agora: extremos de desigualdade e pobreza, menos mobilidade social e uma sociedade fragilizada perante as crises.
O apogeu da crença no mercado omnisciente e omnipresente levou Krugman a escrever isto há dois anos: “o modo de vida dos americanos é agora vender casas uns aos outros, com dinheiro emprestado pelos chineses”. Estava correcto e o veredicto soou nas últimas semanas: passámos à beira da catástrofe e para evitar o pior vamos gastar muito do dinheiro que antes nos diziam que não tínhamos para a educação, a saúde ou os transportes públicos.
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Um aspecto interessante da carreira de Krugman, para nós portugueses, é o facto de ele ser um observador à distância do nosso país desde que aqui trabalhou em 1976. Já como economista célebre e colunista no New York Times foi entrevistado em 2004 pelo Semanário Económico e sugeriu que o nosso investimento público se deveria centrar na educação e, em menor medida, nas infraestruturas. Especialmente interessante para mim, como imagina quem costuma ler esta coluna, foi esta sugestão de política urbana: “promover a identidade cultural e económica de uma cidade ajuda se se conseguir vender a cidade como um bom sítio para viver e visitar, tornando-a num bom local para fazer turismo, mas também para localizar um negócio”.
A esquerda e o centro-esquerda estão mais próximos agora do que alguma vez estiveram nas últimas décadas. Ambos preconizam hoje um reformismo social em torno do combate às desigualdades, aposta na educação e na mobilidade social, defesa da qualidade de vida em meio urbano, apoio às energias renováveis e regulação do mercado. Pode parecer pouco, mas já é mais do que suficiente para nos dar trabalho no próximo par de décadas.
[do Público]
13 thoughts to “Ideias em tempo de crise”
É bem verdade
“o modo de vida dos americanos é agora vender casas uns aos outros, com dinheiro emprestado pelos chineses”
Esta frase do Krugman tem pouco a ver com a “crença no mercado” mas sim com a dinâmica que se criou pelo diferencial entre a frugalidade e os sacrifícios dos chineses e o consumismo dos americanos. Como o vento que se cria entre as altas e as baixas pressões.
O PCC assumiu sem rebuço que não se importava com o enriquecimento de alguns desde que muitos melhorassem a sua condição económica e qualidade de vida.
Resolveu tornar a China um verdadeiro e apetecível mercado, começando com o engodo de vender mão-de-obra barata quer embutida em produtos exportáveis quer através da exploração no próprio país por empresários estrangeiros.
À medida que milhões e milhões de chineses iam acedendo a salários, ainda que muito baixos, o apetite das empresas estrangeiras por esse novo mercado foi crescendo e levando à implantação de mais e mais produção no país que se converteu na “fábrica do mundo”.
Qualquer pessoa percebe hoje, e pode constatar por notícias constantes, que esse mecanismo a partir de certo ponto se autoalimenta e está em vias de criar uma “classe consumidora” cuja extensão, nã riqueza, não terá paralelo no mundo.
Foi portanto à custa de sacrifícios que os chineses prepararam um futuro de hegemonia. É curioso haver quem pense que para combater isso os americanos deviam melhorar ainda mais o seu nível de consumo quando ele, já hoje, está acima das suas possibilidades.
“Para Krugman, aquelas medidas “igualitárias” foram as grandes responsáveis por uma sociedade preparada para crescer e dar conforto a milhões de pessoas nos anos 50 e 60.
O reverso da história é também conhecido. Em final dos anos 60, por razões que têm principalmente a ver com a história dos conflitos raciais nos EUA, os republicanos tomaram os bastiões brancos do Sul e passaram a dominar a política americana.”
Isto é inacreditável. Oquê que isto que o Rui escreveu tem a ver com a mudança de uma política keynesiana para uma política liberal? Não sabe a que é que levou, no final dos anos 60 / inicios dos anos 70, esta mudança de política? Acha que foi porque estava tudo bem? Não sabe, nem um bocadinho, de história económica?
Não terá sido o falhanço das políticas keynesianas (que são políticas conjuturais para resolver problemas do lado da procura) e consequente inflação elevada e desemprego galopante, que levaram a que fosse alterada a política económica? Não lhe deve é dar muito jeito neste momento, olhar para trás e verificar ao que levou o que o senhor defende.
Dá-lhe mais jeito, olhar para trás e branquear tudo o que não lhe agrada. Os EUA passam por uma crise económica (para a grande maioria de economistas, é inevitável haver refreamentos da economia de tempos a tempos, seja ela nada, pouco, ou muito regulada), toca a pôr as culpas nos republicanos, no mercado e na direita. A Inglaterra igual?, toca a pôr as culpas na Thatcher (outro inacreditável branqueamento histórico) e no Blair ( um esquerdista que se rendeu ao mercado). Enfim.
De muita esquerda e direita blogosférica, não esperava outra coisa que não a mais pura demagogia e mesmo a ignorância, mas a última vez que o li, o senhor escrevia num jornal e em baixo dizia: historiador.
Rui, mas quem é esse centro-esquerda?
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Mas será que a Esquerda não olha a meios para chegar ao Poder?
Está tudo louco???
Mas então esqueceram-se do que aconteceu, ao dar esse enorme poder aos sindicatos? As máfias que se geraram à sua volta?
Alguns Operários foram beneficiados? Sim, foram, desde que muito mais beneficiados saíssem as máfias!
A recuperação da Grande Depressão demorou anos!! Vamos repetir o mesmo?
Impostos elevados sobre os ricos? Isso realmente só funcionava nessa altura, e parece, nas campanhas populistas do BE..
Quer comparar a vida em 1930 com a agora?
Num mundo globalizado, na sua maioria de fácil acesso e contacto, e com a velocidade que se transfere capitais entre países, isso seria a melhor forma de esvaziar de riqueza e liquidez qualquer país dito industrializado!
Em 1930 esse transporte seria muito mais complicado, arriscado e oneroso, além de que, quais eram as alternativas dessas famílias ricas?
Emigrar para a Europa? Em que um pouco por toda a parte, havia conflitos internos, Regimes Militares a tomarem posse, e uma mais que anunciada nova Guerra?
Para África? Lembra-se, ainda colonizada, e além do atraso significativo e diferença do nível de vida da Europa ou Estados Unidos, estava à mesma merece que a Europa da Guerra?
Esse centro-esquerda e esquerda, devem ser todos aqueles, que independentemente da sua postura politica, vão de eleições em eleições, enganando o povo, atirando-lhes lindas frases, enrolando-os, enquanto se governam a si próprios e conduzem este país ao abismo!
Alberto (e Pedro):
Deixemos os preconceitos ideológicos de lado e analizemos os dados relativos ao crescimento económico: nos EUA, desde 1948 até 2005, a economia cresceu muito mais com as administrações Democratas que com as Republicanas. Isto inclui os últimos anos, e ainda se torna mais evidente comparando Clinton a Bush, pelo que a globaliza~ção não veio alterar isto.
Na verdade, o rendimento dos 20% mais pobres foi, em média (com lag de 1 ano), 7.03% maior nas administrações democratas do que nas republicanas. Quanto aos mais ricos, o rendimento foi 3.38% maior nas administrações democratas que republicanas. Quanto às outras classes, também existiu um diferencial positivo, intermédio entre estes dois valores.
Afinal, parece que as políticas, pelo menos de centro-esquerda, enriquecem a sociedade a comparar com as políticas de direita.
(Mais dados aqui: http://esquerda-republicana.blogspot.com/2008/10/democratas-republicanos-e-economia.html )
Não é por acaso que a maioria dos economistas das universidades dos EUA é de esquerda. Porque sem serem “parte interessada” (muitas universidades lá são privadas) têm o distanciamento e o conhecimento para verem o óbvio: as fantasias neo-liberais não passam disso mesmo – fantasias. Por muito que por cá venham sendo repetidas acriticamente…
lapso, quis dizer “analisemos”, claro.
Exmo. Senhor,
começo por lhe referir que a sua tradução ao título do último livro do Paul Krugmam é demasiado “liberal”. Se é verdade que, em inglês, o vocábulo liberal pode ser conotado com a amplitude e significação do termo esquerda, neste caso concreto, o mesmo remete-nos para o liberalismo de Adam Smith.
A maior parte dos economistas, quando lê obras como as RIQUEZA DAS NAÇÕES, muito naturalmente não se desliga das suas próprias convicções. Acontece que o Adam Smith era um homem com um profundo código ético. Consequentemente, a “mão invisivel” só funcionará se as decisões economicas estiveram alicerçadas em fundamentos éticos.
Ora, para os agentes económicos, cujo objectivo final é o lucro, é compreensivel que os fundamentos éticos sejam secundários. Foi a ausencia de controlo sobre os agentes de mercado, ou se preferir, a ausencia da “mão invisivel”, que nos levou ao New Deal de FDR. Mas esse plano não passa da introdução das ideias e sugestões de J. M. Keynes, ou seja, dos mecanismos regulatórios micro e macroeconómicos que permitiriam o controle político, sem afectar o normal desenvolvimemnto do mercado, sobre os agentes económicos.
Assim, para um economista que sempre investigou tendencias macroeconomicas é muito normal Krugman as refira. Ele não as evoca é no sentido que o seu artigo pretende traduzir.
É evidente que a euforia criada com o fim da guerra fria, levou ao exagero e dái que experimentemos as actuais circunstâncias. Mas isso não significa que o capitalismo tenha falhado.
Note que o mesmo factor faz com que nem o comunismo nem o capitalismo sejam passiveis de uma perfeita aplicação à realidade. Refiro-me ao homem e à sua ganância e ambição. A vantagem do capitalismo face ao comunismo é apenas a sua elasticidade.
Por fim, é verdade que Marx não deixa de ter razão em muitos dos aspectos descritos no “Capital”. Mas, apesar das suas intenções, que eram boas, o que ele não percebeu foi que a aplicação do capitalismo tem um periodo de vigencia superior à do comunismo.
Se considerarmos um mercado bem regulado e regulamentado, o capitalismo funciona. O comunismo não.
João Vasco,
se tivesse refutado alguma coisa daquilo que escrevi, merecia resposta. assim não. o que o senhor fez foi “deixar de lado os preconceitos ideológicos de lado” e duas linhas depois comparar os democratas aos republicanos nas linhas que lhe interessam.
já agora, faço-lhe duas perguntinhas: sabe porquê que a administração Nixon deixou um défice enorme?
ajuda: nome do homem que levou os EUA para o vietname. e já agora, respectiva filiação partidária.
a outra: sabe porquê que Regan deixou um défice enorme?
ajuda: ainda hoje muito gente de esquerda não acredita no que aconteceu.
nota: foi uma boa piada aquilo dos professores serem de esquerda. se não foi uma piada, não estamos a falar da mesma esquerda (da esquerda portuguesa).
Pedro:
Registo a sua generosidade de me responder a dizer que não mereço resposta.
Eu podia ter comparado os Democratas e Republicanos em muitas coisas: no que diz respeito à equidade, no que diz respeito à protecção dos direitos civís, no que diz respeito à protecção do meio ambiente, etc…
Mas escolhi comparar em relação ao assunto em discussão: a economia. Diz-se que as políticas de esquerda são más para a economia, mas os factos – pelo menos no que diz respeito ao centro-esquerda – dizem o contrário.
Afinal de contas, o Pedro e o Alberto dizem que aquilo que o Rui escreve é disparatado, quando ele defende neste texto pouco mais do que aquilo que vem afirmando Paul Krugman, Nobel de economia. Podemos discordar, mas será assim tãooooo dispatado.
Mais que isso, quando os dados empíricos sugerem que a ideia segundo a qual as políticas de direita são melhores para o crescimento económico do que as de esquerda (ou centro-esquerda, pelo menos) é errada.
O Pedro responde a esses dados lembrando que existiram conflitos que causaram maior despesa durante as administrações republicanas. Mas será que foi coincidência?
Não serão precisamente as políticas que libertam recursos ao desinvestir em programas sociais que tornam a guerra mais comportável? Se calhar não é por acaso que os regimes democráticos terão alguma maior relutância em envolverem-se em conflitos militares. Diria até que quando um país tem de cortar em gastos sociais para se envolver num conflito, estará muito mais relutante em participar.
Mas os EUA não foram invadidos durante as administrações Democratas, pelo que alguma relutância adicional em partir para conflitos armados (ou outro tipo de conflitos) parece não ter feito mal nenhum ao país. Bem pelo contrário…
João Vasco,
tentei alertar-lhe para o facto de os dados empíricos terem um contexto. não valeu de nada.
continua a não comentar o meu texto. quando lhe peço para comentar o que eu escrevi é porque as respostas para o que disse, estão lá.
Não terá sido o falhanço das políticas keynesianas (que são políticas conjuturais para resolver problemas do lado da procura) e consequente inflação elevada e desemprego galopante, que levaram a que fosse alterada a política económica?
e já agora, levaram estagnação económica. a chamada estagflação.
pode substituir políticas keynesianas por políticas de centro esquerda. eu não digo que elas são “más”. o que eu digo é que são conjunturais, resolvem choques da procura e nunca choques da oferta. como são conjunturais, o centro esquerda, tal como as políticas, costuma estar certo, de 30 em 30 anos.
o que o senhor diz é: ‘os democratas perderam o poder e estava tudo bem e os republicanos porque são malucos chegaram lá (não se sabe bem como) e mudaram a política económica que estava correcta, pois havia crescimento e prosperidade’.
é para esta mentira que tenha andado a alertar. não só não estava tudo bem, como a política keynesiana estava a levar a + desemprego, – crescimento, + inflação, por não ter sido compreendida (uma pena keynes ter morrido em 46). já percebeu agora? (investigue, veja os números).
fala no paul krugman. muita piada acho que se recorra ao actual nobel. é que, muitos economistas da escola de chicago (fridman, lucas, etc) ganharam o nobel por trabalhos na área que o senhor ataca (monetarismo), enquanto o krugman ganhou o nobel por razões que não tem nada a ver com aquilo que escreve no NYT ou no livro, ou seja, não foi pelas matérias nas quais o senhor e o rui tavares se revêm, pelo contrário.
pista: tem a ver com beneficios da GLOBALIZAÇÃO.
«o que o senhor diz é: ‘os democratas perderam o poder e estava tudo bem e os republicanos porque são malucos chegaram lá (não se sabe bem como) e mudaram a política económica que estava correcta, pois havia crescimento e prosperidade’.»
A especulação de Krugman é que chegaram lá em grande medida por causa do racismo – que tem vindo a desaparecer. Para W. Bush chegar lá já tiveram de recorrer em grande medida à homofobia. Krugman explica esta posição em maior detalhe.
Mas mesmo que Krugman não tenha razão, é verdade quando existe maior prosperidade o eleitorado pode deixar de dar tanta importância às questões económicas, e mesmo quando esse tema é importante existem outros problemas na cabeça dos eleitores – proibir o aborto; não deixar os homossexuais se casarem; atacar os “terroristas” ou outros inimigos, etc… são exemplos de alguns dos temas que para algum eleitorado justificaria o seu voto no GOP mesmo que as políticas económicas dos Democratas estivessem a funcionar.
«é para esta mentira que tenha andado a alertar. não só não estava tudo bem, como a política keynesiana estava a levar a + desemprego, – crescimento, + inflação»
Levava a isso exactamente um ano depois de ser invertida. E assim repetidamente ao longo de décadas. Com mandatos de tamanho variável. Isto é que é uma coincidência!!
«fala no paul krugman. muita piada acho que se recorra ao actual nobel. é que, muitos economistas da escola de chicago (fridman, lucas, etc) ganharam o nobel por trabalhos na área que o senhor ataca (monetarismo),»
Se eu chamasse alguém de ignorante por defender as ideias de Friedman, não era despropositado que me relembrassem o análogo.
Claro que há muitas ideias de Friedman com as quais discordo – creio que ele estava errado. Umas vezes porque há diferenças de valores (quando se defendem ideias políticas é quase inevitável entrar neste domínio), outras vezes porque existe uma interpretação diferente da realidade – factos que acredito que o outro não está a levar em conta, discordância quanto às assunções (qual o comportamento “natural” do homem, como é que os agentes tendem a responder aos incentivos, coisas que entram também no domínio da psicologia, etc..)
Mas não vou dizer “estás a defender isso? És ignorante e demagógico”.
E aqui refiro-me a ideias que Friedman defendia, mesmo sem ter ganho o Nobel por elas, como o cheque-ensino e outras que tais. São ideias com as quais discordo, já escrevi textos a justificar a minha posição, a expor quais os erros que identificava nos argumentos que as sustentam, a explicar porque as considero erradas. Mas não chamei ignorante a quem as defende.
Por fim, tanto quanto sei, a estagflação não é o mesmo que estagnação económica – esta segunda é uma condição necessária para a primeira. A segunda confição é a inflacção. A palavra surgiria da aglomeração destas duas.
Uma segunda nota final: há um livro que fala sobre GLOBALIZAÇÃO (com maiúsculas também) e em grande medida sobre os resultados do Keynesianismo e suas alternativas. Mais dados empíricos para a mesa. É escrito pelo Stiglitz, chama-se “globalization and its discontents” e fala sobre as crises que ocorram na Rússia, em vários países Africanos, no sudeste Asiático, e na América Latina. Sobre as estratégias que falharam e resultaram. Uma pista: não foram as políticas do “consenso de Washington”
A maioria dos professores universitários de economia nos EUA (onde grande parte das universidades são privadas) considera melhores as políticas dos Democratas que as dos Republicanos. Se calhar não são ideias do centro-esquerda não são assim tão idiotas.