“Com o caso das armas e explosivos roubados em Tancos, como com os incêndios de Pedrógão Grande, Portugal reencontra-se consigo mesmo. É melhor que se reconheça rapidamente naquilo que vê. Qualquer tentativa de afastar o olhar, qualquer pretexto para desviar a atenção, só servirá para prolongar ainda mais o caminho do nosso atraso e nos afastar mais da ansiada soberania — não a da retórica, mas a real. Pois quando desaparecem as armas das nossas tropas isso significa que não fomos capazes de proteger uma dimensão essencial da nossa soberania. E quando essas armas e explosivos podem já ter passado fronteiras, isso significa que — numa era de enorme integração e interdependência — somos nós que estamos a pôr em causa a segurança e a soberania dos outros.”

Hoje no Público.

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